BJ Backstage - St. James Theatre |
Confira abaixo a matéria, na íntegra:
“Bem-vindo a um novo tipo de tensão: Billie Joe Armstrong em seu papel no “American Idiot”
Billie Joe Armstrong interpreta muitos papéis em “American Idiot” e isso antes dele subir ao palco no St. James Theater. Armstrong, o frontman do Green Day, com 38 anos de idade e guitarrista co-escritos do musical da Broadway adaptado do famoso álbum de sua banda, que leva o mesmo nome, voltou ao espetáculo dia 01 de Janeiro ao seu papel de St. Jimmy, o beligerente, alter-ego drogado do protagonista, Johnny (interpretado por John Gallagher Jr.).
Mas, nos minutos finais antes da início da peça, Armstrong fez outras papéis— de um novato resenhando cuidadosamente as anotações de Michael Mayer, diretor e co-escritor do musical a um idiota extrovertido andando para lá e para cá no palco usando o vestido de uma de suas colegas que estrelam o musical.
Em seu camarim, decorado com álbuns de bandas punks antigas como Avengers, Generation X e buquês de flores desidratadas suspensos pelo teto, Armstrong falou com a ArtsBeat sobre a sua experiência em voltar a “American Idiot” e sobre o que o futuro reserva para ele quando realizar a sua última apresentação no musical, dia 27 de Fevereiro. Confira algumas partes da entrevista:
ArtsBeat – Então, que nota Michael te deu hoje?
Billie Joe – Ele disse que eu fui meio normal hoje. [risos] É o Trabalho dele.
AB – Nossa! Estou achando que amanhã alguém acordará com uma guitarra quebrada em sua cama.
BJ – Ele é assim sempre, toda noite. Tenho um bom feedback com ele, então é legal. Nesta situação eu não tenho escolha. Sou um novato. Eu até tenho um chapéu escrito “novato”, que alguém me deu. Quando você fica mais velho, é bom ver que está entrando em território desconhecido.
AB – Como surgiu a idéia de você participar do musical, em primeiro lugar?
BJ – Estávamos bebendo uma noite dessas. Eu estava com Michael e foi a primeiro vez que ele mencionou isto para mim. E eu tipo, “Ah, claro, com certeza…” E então, eu estava em Buffalo [com o Green Day], estávamos nos preparando para fazer o show e o Michael ligou. Ele disse, “Preciso muito falar com você.” E eu disse, “Você pode esperar um pouco? Estou entrando em um elevador.” Ele disse, “Não, isso não pode esperar – Estou com o Tom Hulce [um dos produtores de "American Idiot"] aqui comigo.” Então, me convidaram formalmente. Eu meio que não poderia dizer não. É algo que eu acho que tenho mesmo que fazer.
AB – Até mesmo quando você estava desenvolvendo o musical, nunca fantasiou em estar no palco junto com o pessoal?
BJ – Sempre fui um espectador, em primeiro lugar. Era tudo o que eu ia fazer. Sempre gostei como, no filme “Quadrophenia”, era a música do Who com um elenco formado por pessoas diferentes. Era legal. Quando me perguntaram primeiro eu disse, “não sou muito velho?”
AB – Para apresentar-se no show por completo ou apenas para fazer St. Jimmy?
BJ – Para interpretá-lo. Mas, uma vez que ele é um alter ego, ele meio que não tem idade.
AB – Supõe-se que ele deve ser a personificação daquilo que Johnny gostaria de ser, então não deveria ser um problema se ele fosse um pouco mais, vamos dizer, maduro.
BJ – Ou menos maduro.
AB – Você ficou bastante envergonhado com a Imprensa durante sua primeiro participação no espetáculo, nas oito apresentações que fez. Foi de propósito?
BJ – Esta primeira participação foi como um test-drive. Não queria anunciar o que ia rolar, queria que fosse algo revelado no último minuto. Queria ir aos ensaios e ver se realmente eu conseguia fazer aquilo, se era capaz de fazer aquilo. Queria manter a pressão baixa o quanto conseguisse.
AB – Você, em algum momento, ficou preocupado em como as participação seria recebida pelos outros membros do elenco?
BJ – Sim, fiquei muito preocupado. Quando eu, Mike [Dirnt] e Tré [Cool] estamos no palco, são três patetas enlouquecendo. Estas pessoas têm participado de peças suas vidas inteiras. Têm muita, mas muita Experiência e eu, nenhuma. Aquilo me intimou, realmente. Eu também não queria que fosse por vaidade ou algo neste sentido. Há uma história muito engraçada sobre o George M. Cohan: No St. James, ele escreveu, dirigiu e estrelou sua própria produção – Acho quefoi a “The Merry Malones.” E aquilo foi descrito como, “George M. Cohan, que arrogantemente escreveu, dirigiu e estrelou sua própria produção.” Então aquilo ficou na minha cabeça. E eu dizia, “caramba, não quero ser aquele cara!”
AB – Eu nunca imaginei que fosse ter uma conversa com você sobre George M. Cohan.
BJ – Talvez você queira confirmar isto. Espero ter mencionado o cara correto.
AB – Você teve algumas experiência em musicais antes de começar a participar de “American Idiot”?
BJ – Eu tinha um professor de canto quando eu tinha uns 7, 8 anos de idade e foi assim que eu cantava, canções de musicais. Eu cantava coisas de “Oliver!” e “Annie Get Your Gun,” coisas assim. Aquilo me ensinou o senso de melodia. Mas, eu gostava mesmo era de AC/DC.
AB – Sua professor não ficou horrorizada que você acabou se tornando um punk-rock star?
BJ – Ela era uma senhora muito legal. Minha mãe ainda tem contato com ela e teve um dia que ela assistiu à peça em Berkeley, o que foi muito divertido.
AB – Então é possível manter um pé no mundo do punk rock e o outro no mundo do musical ao mesmo tempo?
BJ – Eu estou velho o bastante para saber que você tem que por em prática, de algumas maneira, tudo aquilo que aprendeu e não dá para fugir de seu passado. Ele re-aparece, de alguma maneira.
AB – Como seus companheiros de banda se sentiram por você estar no espetáculo, por algumas semanas?
BJ – Eles disseram: “Vá lá e faça isso. Precisamos mesmo de um tempo. Desgrude da gente um pouco.” Eles me apoiam demais nisso.
AB – Você faz algumas preparação especial para as apresentações?
BJ – Não. Eu me lembro, eu mandei um SMS para o Theo [Stockman, um dos membros] e o que eu escrevi foi, “à propósito como se deve atuar?” E o que recebi foi “Ha, ha, ha.” Ele disse: “Seja você mesmo. Seja honesto.” O primeiro ensaio foi realmente engraçado. O Michael me disse, “O.K., eu vou dizer isto para você agora mesmo, é algo que eu esqueci de lhe dizer: Vai ser realmente muito estranho.” Eu meio que, você não poderia ter dito isso para mim há um mês atrás?
[O repórter então é convidado a se retirar momentaneamente do camarim enquanto Billie veste sua roupa. Instantes depois, Armstrong aparece usando um vestido curtíssimo que uma das participantes do elenco utiliza na canção "Favorite Son." Por alguns minutos ele dança com o elenco aquecendo suas vozes no palco do teatro. Então, Armstrong vota ao camarim e coloca calças. A entrevista continua.
Girlie Billie |
AB – Agora entendi. Este é um dos aquecimentos regulares da apresentação para você, não?
BJ – Eu ainda não sei muito bem como fazer o aquecimento com eles. A primeira vez que vim aqui, fiquei assistindo e não sabia o que fazer comigo mesmo. Eu pensava, talvez consiga faze-los da risada. Eu Tenho também essa fantasia de enfermeira. [indicando a roupa no seu rack].
AB – O que faz nas pausas das apresentações?
BJ – Eu Tenho um apartamento aqui e gravo umas demos durante o dia, fico apenas escrevendo umas músicas e tal e de noite, tenho as apresentações. Gosto do fato de estar no palco à noite em frente às pessoas, é algo físico, enquanto posso ir para casa e escrever, ao mesmo tempo. Não é como fazer isto em um ônibus de turnê.
AB – São canções que podem aparecer, eventualmente, em um novo álbum do Green Day?
BJ – No momento, estou num estágio que é puramente diversão. Ainda não tenho certeza. Quando eu voltar para casa, em Março, apenas ficarei numa boa com os caras da banda e vamos começar a conversar o que fazer, ali. Mas, estou sempre escrevendo para o novo álbum do Green Day, com certeza.
AB – Você consegue estar com a sua família, de algumas maneira?
BJ – Sim, eles vêm e vão. Minha esposa está comigo, estes dias; Meus filhos vieram aqui um pouco, na semana passada. Vou para casa uma semana e então, viajo de volta e então eles vêm aqui novamente na outra semana. A gente tenta separar as coisas.
AB – Posso perguntar em que parte da cidades você está morando?
BJ – Acho que não quero chegar até aí.
AB – Mas, acredito que você consegue ficar incógnito quando quer.
BJ – Esta é a beleza de NY. Há uma certa similaridade daqui com a Bay Area, onde as pessoas são bem tranqüilas quanto a isso. Uma certa vez uma pessoa chegou em mim na rua e disse, “Estou sendo um nativo (de NY) terrível agora, mas eu realmente gosto muito de sua banda. É tudo o que eu queria dizer.” E foi isso. Eu disse, “Wow. Isso foi muito gentil, não foi nada demais.”
AB – Você vê muita diferença em tocar um show de rock para milhares de pessoas e interpretar na Broadway, para um número um pouco menor de pessoas, o que delimita um critério diferente?
BJ – Fazer um show enorme no Madison Square Garden é uma coisa, mas atuar em um teatro tão velho e participar de uma peça é algo absurdo. Eu só tenho uma chance de perceber que ali tem uma platéia que é logo no começo quando eu entro. O resto do tempo estou focado no John e na Rebecca [Naomi Jones] – Não posso olhar para a platéia. Esta é a primeira vez que isso acontece para mim em minha vida, não poder prestar atenção neles.
AB – Este tipo de performance é algo ao qual seguirá fazendo? Suas habilidades do rock n’ roll se aplicam a isso?
BJ – Na sua cabeça você sempre fica pensando, como melhorar? O que posso fazer diferentemente? Essa é a habilidade deles. Fiquei fazendo esta analogia, que se você consegue ser mestre em uma forma de kung-fu e você quer aprender algo novo, é mais ou menos assim que funciona. Mas, eu não sei, eu não sou um mestre de kung-fu. [risos]
AB – Há algum outro show na Broadway que você gostaria de ver na sua cidade, meio que para comparar?
BJ – Talvez, se resolveram não fechar tanto. Gostaria de ter visto mais coisas na última temporada. Eu queria muito ter visto “Bloody Bloody Andrew Jackson.” Mas, nunca tive tempo o bastante para poder ver e parecia ser bem legal. Uma vez que sou amigo dos caras do U2, queria ter visto “Spider-Man,” mas quero esperar ficar pronto para ver. Quero muito ver “Lombardi.” E gostaria de ver o future de Alguns atores, pois estão conseguindo galgar em suas carreiras. Gostaria de ver as novas movimentações desses caras e os próximos shows que farão, estou muito animado para isto também.
AB – Você pensa na longevidade de “American Idiot”? A peça vai realmente muito bem quando você participa e enfrenta certa resistência quando você não participa. A peça conseguirá seguir em frente quando sua participação terminar?
BJ – Espero que sim. Gostaria de manter a integridade do show intacta. Gostaria de ver a peça seguindo em frente por muito tempo. Quem não gostaria? Faz quase um ano já.
AB – Esta é uma marca importante para você? O fato de estar há um ano na Broadway?
BJ – Sim, é monumental. Estou adorando esse primeiro ano e adoraria vê-la por aqui mais uns dois anos pelo menos.
Confira o original, aqui.
Fonte: TheNimrods.com
cara tanto faz se ele se veste de mulher ele fica lindo de qual quer jeito eu queria ta segurando aquela saia
ResponderExcluiry love billie jou
y love billie jou
y love green day